Pode não parecer, mas Sandy Leah, 29 anos, tem trajetória semelhante à de Michael Jackson (1958-2009). Os dois começaram a carreira ainda crianças e tiveram suas vidas completamente mudadas com o sucesso. Nunca sozinhos, porém, sempre ao lado dos irmãos. Ela com Junior. Michael com os outros quatro que formavam o grupo Jackson Five.
Agora, as histórias se encontram no Teatro Castro Alves. No próximo dia 25, às 21h, Sandy canta sucessos do rei do pop no Circuito Cultural Banco do Brasil. Na apresentação, com ingressos já esgotados, a filha de Xororó interpreta clássicos como Bad, Rock With You, Ben e I’ll Be There. Em entrevista ao CORREIO, fala sobre o show, a escolha do repertório e planos.
Como surgiu a ideia de cantar Michael? Foi sua ou convite da curadoria do projeto?
Fui convidada para participar do circuito pela diretora Monique Gardenberg. Cheguei a pensar em outros nomes, como Elis Regina e Tom Jobim. Minha intenção era escolher um artista de quem eu fosse fã, mas queria que fosse algo inédito em minha carreira. Pensei, Michael Jackson! Um ídolo, com repertório riquíssimo.
Qual a importância do Michael para você?
Michael Jackson nos deixou um grande legado na música. Sua estrela, talento e genialidade eram únicos. Ele é um ótimo exemplo de artista que soube se manter na carreira ao longo de muitos anos, sempre com muito profissionalismo. Ele foi e sempre será um ícone do pop mundial.
Como foi a escolha do repertório?
Foi uma das partes mais difíceis do projeto, exatamente pelo vasto repertório. Procurei fazer uma coisa bem abrangente, mesclando vários períodos de sua carreira, e escolhi músicas de que gosto muito e que eu sabia que poderiam agradar ao público também por serem, na maioria, grandes hits mundiais.
Como está sendo a reação das pessoas?
O público e a imprensa, de um modo geral, aprovaram a ideia e gostaram bastante do projeto como um todo. Elogiaram a escolha do repertório, os novos arranjos, a banda, o figurino. Me surpreendi positivamente com tudo isso. As pessoas têm se divertido muito nos shows!
Como são os arranjos desse show? Você trouxe Michael para seu universo ou se aproximou do dele?
Fiz humildes releituras de sua obra em uma espécie de homenagem de fã. E, como sei que pode ser muito perigoso fazer mudanças e adaptações naquilo que foi concebido e feito originalmente pelo artista, tomei bastante cuidado pra não descaracterizar demais o trabalho dele.
Há possibilidade desse projeto virar um disco ou DVD?
Por enquanto, não estão nos meus planos. Mas, futuramente, não dá para descartar.
Qual o próximo projeto da sua carreira?
Continuo com minha turnê Manuscrito e agora em setembro começo a rodar o filme Quando Eu Era Vivo, do diretor Marco Dutra. Vou contracenar com o Antonio Fagundes e estou muito feliz. Também estou começando a planejar meu próximo disco.
Você era uma artista pop que cantava para multidões e agora, em carreira-solo, lida com uma coisa mais intimista. Como foi essa transição?
Foi uma grande adaptação; eu ainda estou aprendendo, entendendo o meu tamanho e o meu público. Amadureci, passei algum tempo pesquisando para encontrar o meu som e hoje estou feliz com os projetos com os quais me envolvi. Hoje, tenho mais liberdade. Não tenho o compromisso de lotar estádios e nem de vender milhares de cópias.
Como você avalia essa nova geração da MPB? Te agrada?
Eu acho que tem bastante gente profissional e muito competente nesta nova geração da MPB. Eu admiro vários cantores e compositores. Tem muita gente fazendo ótimos trabalhos aqui no Brasil.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/fa-do-rei-do-pop-sandy-rele-os-maiores-hits-de-michael-jackson/
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