O dermatologista de Michael Jackson não irá testemunhar no julgamento do médico Conrad Murray, determinou juiz do Tribunal Superior de Los Angeles Michael Pastor na segunda-feira (29), em um golpe para os planos da defesa de retratar o cantor como um viciado em drogas que pode ter tomado por conta própria a substância que provocou sua morte.
Pastor também proibiu testemunhas no caso de prestar depoimento sobre o julgamento de Jackson em 2005, no qual o cantor foi absolvido por acusações de abuso sexual infantil.
O julgamento de Murray por suposto homicídio culposo (sem intenção de matar) na morte do cantor de "Thriller", em 25 de junho de 2009, está previsto para começar no próximo mês. Autoridades disseram que a morte foi provocada por uma overdose do poderoso anestésico propofol e outras drogas.
Murray admitiu ter dado a Jackson, de 50 anos, propofol para ajudá-lo a dormir, apesar de o medicamento normalmente ser usado em ambiente hospitalar. Os advogados de Murray sugeriram que o astro do pop poderia ter tomado outra dose quando o médico estava fora do quarto.
Em documentos do tribunal, advogados de Murray disseram querer convocar o dermatologista de longa data de Jackson, dr. Arnold Klein, para testemunhar. Segundo os documentos, Klein deu injeções frequentes do analgésico Demerol a Jackson por "nenhum fim médico válido", e que "Jackson se tornou fisiologicamente e psicologicamente dependente de Demerol".
"Eu não acho que seja relevante", determinou Pastor na segunda-feira. Pastor também proibiu o testemunho de três outros médicos, mas disse que permitiria aos advogados da defesa convocar outros dois médicos -- Allen Metzger e David Adams.
Murray se declarou inocente de homicídio culposo. Ele enfrenta até quatro anos de prisão se for condenado. A seleção do júri para o caso deve começar em 8 de setembro e a audiência deve ter início em 27 de setembro.
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