sábado, 5 de dezembro de 2009

A 'maldição' dos Kennedy

Por que isto tah rolando sem parar?

A saga da familia Kennedy
Mandíbula Overwhelming, largando-a evidência de crime na morte de John F. Kennedy Jr. - todos baseados em documentos oficiais do governo. A busca do local do acidente foi adiada uma incompreensível 15 horas. Houve, de fato, um instrutor de vôo no avião, cujo corpo está em falta. É claro que alguém em um avião que o suicídio cometido, fechando a válvula de controle de combustível do avião antes de mergulhar no mar. O principal suspeito, George W. Bush, apesar de muito público concorrendo à presidência, desapareceu no dia do assassinato e ficou desaparecido por 3 dias.




A 'maldição' dos Kennedy
26 Julho 2006

Os Kennedy, um apelido lendário, são uma família que, se as suas peripécias ocorressem no cenário de uma novela televisiva, provocariam a demissão imediata do guionista capaz de idealizar uma história tão carregada de desgraças e pouco credível. Sendo uma das dinastias mais poderosas dos Estados Unidos, assassinatos e escândalos parecem ter desabado sobre eles de modo especial. Relembremos rapidamente este impressionante cumular de desgraças para fazermos uma ideia das dimensões do que estamos a falar.

A considerável fortuna dos Kennedy procede do contrabando de álcool nos velhos tempos da Lei Seca. Aqueles primeiros tempos trariam à família importantes laços com alguns membros proeminentes do crime organizado que seriam de crucial importância nos acontecimentos dos anos vindouros. Joe Kennedy, o patriarca da família, não era todavia um gangster vulgar, sendo mais um empreendedor que viu na legislação contra o álcool um lucrativo nicho de mercado. No entanto, tão-pouco se pode dizer que fosse um santo. As desgraças familiares começaram oficialmente quando em 1941 Joe mandou que fosse feita uma lobotomia à sua filha Rosemary para a curar das suas frequentes crises epilépticas. Esta intervenção foi executada sem conhecimento de Rose, a mãe, embora isso não fosse a única coisa que a senhora Kennedy ignorava. Por exemplo, também não estava ao corrente da relação sentimental que o seu marido mantinha com a conhecida actriz Gloria Swanson. Segundo o autor Ronald Kessler, Joe seria uma das maiores influências no trágico destino dos seus filhos e netos: "A família Kennedy tem uma longa história de valores imprudentes e isso faz com que seja com frequência vítima de acidentes absurdos. Foi o velho Joseph - o patriarca do clã - aquele que inculcou nos seus o princípio de que para os Kennedy não existem regras que valham, nem limites que as possam parar. Ele dizia que um Kennedy nunca conhece o medo e nunca mostra as suas emoções".

A tragédia visitou pela segunda vez o casal Kennedy com a morte do seu filho Joseph, caído em combate durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto pilotava um bombardeiro numa perigosa missão quanto à qual tinha sido avisado para não participar. Joseph era um grande conhecedor de Espanha. Cobriu como jornalista a guerra civil espanhola, primeiro em Barcelona, de onde partiu para Valência e de seguida para Madrid; daí partiu para Paris para ocupar o posto de adido de imprensa da embaixada dos Estados Unidos. Segundo parece, na Madrid republicana, entrou em contacto com um grupo de partidários da causa nacional pertencentes à quinta coluna e executou uma missão secreta a mando do governo inglês.

Algum tempo depois, em 1948, falecia em França em consequência de um acidente de aviação, Kathleen Kennedy, a filha rebelde que tinha cortado laços com a família devido às desavenças com o pai.

Com a morte de Joseph, que se tinha iniciado no mundo da política como delegado da convenção democrata em 1940, todas as esperanças do patriarca centraram-se no filho que se seguia, John Fitzgerald. Tal como o pai, o jovem Kennedy incorreu em numerosas infidelidades matrimoniais, entre elas a mais famosa foi a aventura que manteve com Marilyn Monroe. Também parece ter herdado a sua má sorte com os filhos. Em 1963, John Kennedy chorava a perda de um dos filhos, Patrick, falecido apenas dois dias depois do seu nascimento. Parece que a sua mulher, Jacqueline, era propensa a partos problemáticos, já que uma filha que tivera em solteira, antes da sua relação com Kennedy, nasceu morta. Para além disto, seguir-se-ia o aziago destino que persegue os Kennedy, e assim a 22 de Novembro de 1963, aquele que foi o primeiro presidente católico dos Estados Unidos foi assassinado em Dallas em circunstâncias ainda não esclarecidas.

John Fitzgerald não foi o único Kennedy a ser violentamente arrancado da cena política. Em 1968, Robert Kennedy foi assassinado durante a sua campanha para a nomeação à presidência pelo partido democrata, um assassinato que apresenta tantos ou mais pontos obscuros que o do seu irmão. Pouco depois, após uma festa, o carro do senador Ted Kennedy precipitava-se do cimo de uma ponte na ilha de Chappaquiddick, Massachusetts. Em resultado do acidente morreu a sua secretária, Mary Jo Kopechne. O escândalo suscitado com este acidente terminaria para sempre com as aspirações presidenciais do senador, que foi declarado culpado de homicídio por imprudência, se bem que se tenha visto livre de uma acusação de negação de auxílio.

A geração seguinte dos Kennedy sofreu também na própria carne os efeitos da "maldição". Em 1973, o filho mais velho do senador, Ted, sofreu a amputação de uma perna em consequência de um cancro. O outro filho de Ted, Patrick (actualmente congressista), abandonou em 1986 qualquer ambição presidencial ao ser submetido a um tratamento para superar o seu vício pela cocaína.

A descendência do malogrado Robert também parece ser propensa a desgraças. O filho mais velho, Joe II, viu-se envolvido num acidente de viação muito semelhante àquele sofrido pelo seu tio em que a sua acompanhante ficou paralítica para toda a vida. A acrescentar, viu-se convertido numa personagem habitual da imprensa sensacionalista devido à sua pretensão de obter a anulação do casamento após doze anos de convivência com a mulher.

Michael Kennedy, o outro filho de Robert, viu-se envolvido noutro escândalo ao atribuir-se-lhe uma presumível relação sentimental com uma menor que trabalhava como baby-sitter da família. Em 1998, morria num acidente de esqui na estância de Inverno de Aspen perante o olhar atónito dos seus três filhos, com os quais se encontrava a jogar uma partida de futebol americano sobre esquis quando embateu contra uma árvore fracturando o pescoço.

O último capítulo desta lista fúnebre foi escrito pela morte de John-John, o filho do ex-presidente, ao comando de uma avioneta que se despenhou no Atlântico a poucos quilómetros da costa. O certo é que com tal acumular de desgraças não é de estranhar que exista quem fale de uma maldição que persegue os Kennedy.

Podia ser isso mas, aplicando o velho aforismo dos relatos de Sherlock Holmes, quando se elimina todo o impossível, o que resta, por mais improvável que pareça, deve ser a verdade. Assim pois, já que não acreditamos em sortilégios nem em destinos fatais, apenas nos resta supor que alguém está a colaborar activamente para que a presumível maldição se converta em realidade.

JFK O coronel Fletcher Prouty foi uma figura muito relevante dentro da comunidade dos serviços secretos norte-americanos, tendo chegado a ser director de planos especiais (um eufemismo para indicar as operações clandestinas que, no fim de contas, são outro eufemismo para qualificar as actividades criminosas que são executadas pelos serviços secretos) na junta de chefes de Estado-Maior. Antes de se alistar na Força Aérea, Prouty licenciou-se em ciências empresariais e banca nas universidades de Massachusetts e Wisconsin. Em 1964, retira-se do exército e inicia uma carreira igualmente notável no sector privado, chegando a ser vice-presidente de dois bancos.

Ao contrário de outros conspiradores, Prouty tem um conhecimento em primeira mão do que sucede nas sendas do poder. No seu livro, The secret team, descreve na perfeição como este conhecimento privilegiado o levou à conclusão de que os destinos do mundo são regidos por figuras e forças muito distantes daquilo que chega ao conhecimento da opinião pública. No caso que nos ocupa, Prouty acredita que o assassinato de John Fitzgerald Kennedy foi gerado entre altos funcionários do governo norte-americano e membros de poderosos grupos de pressão próximos da indústria petrolífera e do armamento.

A pretensão do presidente de retirar as tropas norte-americanas do Vietname foi aquilo que selou a sua sentença de morte. Depois do assassinato, o presidente em funções, Lyndon B. Johnson, foi vítima de uma extorsão mafiosa que o incitava a apoiar a actuação norte-americana na Ásia - que Kennedy queria terminar -, e que o fez cair numa profunda crise pessoal da qual nunca viria a recuperar. Prova disso é que no seu leito de morte confessaria ao seu grande amigo Tom Janos que Lee Harvey Oswald não tinha morto John Fitzgerald Kennedy.

Apesar desta versão apresentada por Prouty nos parecer romanceada, existe uma prova evidente que a apoia. Trata-se de um filme chamado Zapruder, uma das filmagens efectuadas no momento do assassinato e que mostra claramente que o magnicídio teve lugar num lapso de apenas oito segundos, durante os quais Oswald teria disparado três balas, fazendo pontaria sobre Kennedy e o senador Connally, uma façanha se tivermos em conta que o atirador estava numa posição péssima, com um mau ângulo e a visibilidade obstruída pelas árvores. A acrescentar a isto, a Mannlicher-Carcano que terá presumivelmente utilizado era uma espingarda antiga, não automática, de péssima qualidade e com o ponto de mira mal calibrado.

Como esta, existem suficientes pontas soltas neste caso para encher vários livros, incongruências para as quais apenas existe uma explicação coerente: que o assassinato de John Fitzgerald Kennedy foi fruto de uma conspiração. Mas não estaríamos a falar de uma conspiração qualquer, já que para o êxito absoluto do plano era necessário o apoio de figuras muito próximas da Casa Branca. De facto, no dia do assassinato o dispositivo de protecção do presidente sofreu uma série de falhas graves, apenas explicáveis se pensarmos que foram premeditadas.

Então, se não foi Lee Harvey Oswald o culpado do magnicídio, como é que este foi executado? As análises fotográficas preparadas pelo especialista Richard Sprague apresentam-nos um cenário aterrador da execução do atentado, que teria sido na realidade uma emboscada em que três atiradores profissionais caçaram literalmente Kennedy entre o seu fogo cruzado. Para completar a operação apenas faltava a presença de Lee Harvey Oswald, um louco solitário que arcasse com as culpas e afastasse a opinião pública da ideia de uma conspiração.

Entre os elementos mais intrigantes de quantos participaram no assassinato encontra-se a presença do denominado "homem do guarda-chuva". Num meio-dia ensolarado, sem uma nuvem no céu, alguém surgiu na praça Dealey levando um guarda-chuva aberto que sacudiu de cima para baixo mesmo antes do tiroteio. Era o sinal para os atiradores. O homem do guarda-chuva foi fotografado e filmado no local dos acontecimentos. A sua presença foi corroborada por dezenas de testemunhas. No entanto, a Comissão Warren, responsável pela investigação do caso, ignorou a existência deste personagem.

Também ignorou a presença no lugar dos acontecimentos de três indivíduos disfarçados de vagabundos que foram rapidamente retirados do local pela Polícia, sem que exista qualquer informação oficial deste facto, embora existam várias fotografias e, na verdade, para serem vagabundos estes indivíduos apresentavam algumas características sumamente interessantes: bons cortes de cabelo, unhas recentemente tratadas e uma desconcertante parecença com Frank Sturgis, E. Howard Hunt e Fred Lee Crisman, três sinistros personagens vinculados à CIA e sobejamente conhecidos no mundo das operações clandestinas.

A única explicação para a aparente cegueira e despreocupação dos membros da Comissão Warren encontra-se no facto de estes poderem ter estado, eventualmente, ao corrente da conspiração. Não seria de estranhar já que entre os seus membros se encontravam alguns inimigos declarados dos Kennedy, como Allen Dulles, antigo director da CIA, que tinha sido pouco antes demitido pelo presidente, demissão essa que causou uma altercação em que foram trocadas palavras muito duras.

Seja como for, a teoria do assassinato fornecida pela comissão era verdadeiramente atabalhoada, em especial tendo-se em consideração que o que se estava a tentar resolver era um crime da magnitude do assassinato de um presidente dos EUA. Os relatórios da comissão pareciam destinados a um único fim: culpabilizar Oswald

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=643897

Nenhum comentário: