quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Último brasileiro a tocar com Michael Jackson revela: "vida musical dele estava 100%"
Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/diversao/ultimo-brasileiro-tocar-michael-jackson-revela-vida-musical-dele-tava-100-496266.shtml
Miguel Gandelman (saxofonista) conta como foram os ensaios para shows de Londres e elucida dúvidas sobre a saúde do Rei do Pop
Ao lado de sua banda, The Horne, Miguel foi convidado pela produção da turnê “This Is It” para integrar o time de músicos de apoio dos 50 shows na O2 Arena, em Londres. Ensaiou por dois dias com Michael no mês de maio e quase fechou um contrato de dois anos para acompanhar a última turnê do Rei do Pop, que tudo indicava não se limitaria àquelas apresentações na Inglaterra.
Há 11 anos morando nos EUA, Miguel possui no currículo shows com Stevie Wonder, Christina Aguilera, Diana Ross, Justin Timberlake, e atualmente toca com fenômeno teen Jonas Brothers.
Para tentar elucidar algumas dúvidas dos fãs, que esgotaram as apresentações em Londres, o Abril.com conversou por telefone com Miguel, o saxofonista revelou entre outras coisas que Michael estava “100%” e preparando um show “esplêndido”.
Confira:
Abril.com: Como surgiu o convite pra tocar nos shows de Michael Jackson na O2 Arena, em Londres?
Miguel Gandelman: Aconteceu o seguinte. Eu tenho um naipe de metais com meu grupo, a gente trabalha na cidade de Los Angeles e recebemos uma série de telefonemas pra tocar com artistas diferentes. Recebi ligação do diretor musical, Michael Bearden, que já tinha ouvido falar da gente. Ele disse que o Michael Jackson nunca teve um naipe de metais ao vivo com ele no palco. Apesar de o som dele ser marcado pelos metais, ele nunca teve ao vivo. E como essa ia ser a última turnê dele, ele gostaria de colocar a gente pra tocar. O Michael queria que fosse a maior turnê, uma coisa esplendia.
O Michael que tem a palavra final em tudo, por mais que o diretor musical tenha chamado a gente pro show, a palavra final era dele. Nós passamos dois dias ensaiando, tocando com o cara, vivendo ali com ele. Vendo-o dançar na nossa frente, super feliz. Foi uma coisa experiência única. O Michael era gente boa pra caramba, uma pessoa do bem. Lindo maravilhoso.
Só que dopois dois dias de ensaio ele nunca mais voltou. E ao mesmo tempo que estávamos tocando com o Michael, teve a proposta do Jonas Brothers. Os meninos começaram a ensaiar, já estavam indo pra América do Sul, pra começar a turnê. Aí foi aquela decisão de ter que fazer de business. Apesar de ser o Michael a gente tem que seguir em frente.
Como foram os ensaios?
Realizei aquele sonho de tocar "Thriller" com o Michael. Com ele na minha frente, olhando e rindo. Aquilo ali vai ficar na minha cabeça pra sempre. Montaram a banda em frente ao Michael, pra ele poder ficar de frente pra todo mundo dando opiniões. Ele é um cara muito envolvido musicalmente com tudo.
Ele estava bem de saúde? Quando anunciaram a morte dele foi uma surpresa?
Ele estava, foi inimaginável. Obviamente ele não era aquele Michael de 20 anos de idade, mas estava bem. Não presenciei a vida pessoal dele, só a música. E a vida musical dele estava 100%. O que Deus deu pra ele estava ali. Estava presente, bonito, vendo a música dele acontecendo. O cara estava 100% presente, fazendo o trabalho dele.
Esses dois dias de ensaios vão estar no documentário “This is It”?
Esse documentário vai ser basicamente os dois últimos ensaios, que ele fez no Staple Center, estádio do Los Angeles Lakers. Eles fecharam o estádio pros ensaios. Quando tocamos com ele tinha câmera sim, mas eu ficaria surpreso se fizesse parte do documentário. Não tinha dançarino, não estava com explosões no palco.
Era o começo do trabalho?
Exatamente, ele estava fechando a banda ainda. Ele ainda nem tinha fechado os backing vocals. Ele nunca mais voltou pro ensaio, queriam que a gente assinasse um contato de dois anos. E nós pensamos: vamos fechar um contrato de dois anos com um cara que nem voltou pros ensaios? Amo ele de paixão, mas não dava.
Ele deu algum sinal de estar dopado?
Nada, o cara estava super feliz, super legal. Olhei no olho dele, apertei a mão. Isso que me impressionou mais. Quando cheguei casa liguei pro meu pai, pra minha mãe, só pra dizer que tinha tocado pro cara. Ele é um ser humano, porque você tem na cabeça: caralho, é o Michael Jackson. Você acha que vai ver o cara com uma capa e sair voando. É um homem normal, tava com uma camiseta hering branca, uma calça jeans e falando com todo mundo. Dando ordem. Aí dançava, cantava e gritava. Muito legal.
Vocês chegaram a receber parte do repertório que ia rolar nos shows de Londres?
O repertório era basicamente o da última turnê, aquela chamada “HIStory”, que são basicamente os sucessos dele. Tocamos “Thriller”, “Wanna Be Startin' Somethin'”, “Jam” e “The Way You Make Me Feel”. Uma de cada fase diferente dele.
Confira o repertório usado por Michael Jackson na "HIStory Tour":
“Gates Of Kiev”
“Scream”
“They Don't Care About Us”
“She Drives Me Wild / In The Closet”
“Wanna Be Starting Somethin'”
“Stranger In Moscow”
“Smooth Criminal”
"The Wind"
“You Are Not Alone”
“The Way You Make Me Feel”
Jackson 5 Medley:
“I Want You Back”
“The Love You Save”
“I I'll Be There”
Off The Wall Medley:
“Rock With You”
“Off The Wall”
“Don't Stop 'Til You Get Enough”
“Remember The Time”
“Billie Jean”
“Thriller”
“Beat It”
“Come Together”
“Blood On The Dance Floor”
“Dangerous”
“Black Or White”
“Earth Song”
“We Are The World”
“Heal The World”
“HIStory”
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