segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Testemunha no caso da morte de Michael Jackson diz que não havia como prever efeitos do propofol

LOS ANGELES - Um especialista em propofol, o poderoso anestésico apontado como causa da morte de Michael Jackson, disse aos jurados nesta segunda-feira que é difícil saber o efeito exato da droga no cantor porque ele já consumia o medicamento para tratar de insônia por vários meses antes de sua morte.


O Dr. Conrad Murray, médico particular de Michael Jackson / AP


O Dr. Steven Shafer destacou que Jackson vinha recebendo o anestésico quase todas as noites por mais de dois meses, de acordo com o depoimento do Dr. Conrad Murray à polícia. Murray, um cardiologista, alega ser inocente da acusação de homicídio involuntário.
Shafer estava sendo interrogado pelo advogado de defesa Ed Chernoff, que apontou que o risco de que Jackson pararia de respirar seria menor depois dos primeiros minutos após a administração da droga. Chernoff baseou sua conclusão na pesquisa de Shafer.
"No caso do Sr. Jackson, é mais difícil ter essa certeza", respondeu Shafer. "Praticamente não existe precedente para esse nível de exposição ao propofol".
Shafer já havia dito anteriormente que acha que uma overdose de propofol tenha matado Jackson. Mas ele afirmou que Murray não tinha registro de que quantidade da droga era dada ao cantor.
Shafer afirmou que a única explicação possível para a morte de Jackson baseada nas evidências é de que Murray aplicou no cantor a dose intravenosa de propofol, deixando o quarto depois que o astro parecia estar dormindo.
Shafer é a última testemunha de acusação. Os advogados de defesa devem começar a apresentar seu caso no fim desta segunda-feira.
A defesa terá que rebater quatro semanas de depoimentos negativos das testemunhas da promotoria, que moldaram Murray como um médico incapacitado, distraído e oportunista que frequentemente quebrou regras legais, éticas e profissionais.


http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/10/24/testemunha-no-caso-da-morte-de-michael-jackson-diz-que-nao-havia-como-prever-efeitos-do-propofol-925641145.asp

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